O novo prazo máximo de 35 anos para o crédito à habitação para quem tem mais de 35 anos entrou em vigor a 1 de abril de 2022.
Para quem vai recorrer a esse crédito nos próximos meses, esta notícia não está a ser muito bem aceite.
“Mas, o que motivou esta mudança?"
Alteração de prazo máximo – o que motivou a mudança?
Em 2018, o Banco de Portugal instituiu algumas medidas para limitar alguns créditos concedidos por instituições de crédito e sociedades financeiras.
Essas medidas tinham por objetivo de ser mais cauteloso na avaliação de risco de futuros clientes.
Tudo isto para que as instituições não assumissem riscos demasiado elevados e para reforçar a segurança do setor financeiro.
Essas medidas também visavam promover o financiamento sustentável por parte dos consumidores, evitando situações de incumprimento.
Em análise, o Banco de Portugal concluiu que as medidas têm sido cumpridas genericamente, mas, ainda assim, a recomendação de conduzir o limite do crédito à habitação para o prazo de 30 anos não tem vindo a ser posta em prática.
Por esse motivo, o Banco de Portugal recomenda novos limites para o prazo de crédito à habitação.
O que muda então, em termos práticos?
O que muda a partir de 1 de abril de 2022
Para pessoas com idade até 30 anos, o limite máximo de prazo do crédito à habitação é então de 40 anos, dos 30 aos 35 anos inclusive, o limite máximo são 37 anos.
Por último, a partir dos 35 anos, o prazo máximo para crédito à habitação passa a ser de 35 anos.
O cumprimento destas novas recomendações vai ser monitorizado pelo Banco de Portugal.
Caso não se verifique nas instituições financeiras a tendência do limite máximo de crédito à habitação convergir para os 30 anos, o Banco de Portugal poderá tomar medidas ainda mais restritivas, baixando ainda mais os limites máximos recomendados.
Na prática, qual será o impacto no bolso das famílias portuguesas?
Impacto da alteração de prazo máximo no orçamento das famílias
Esta medida, por mais que seja benéfica a nível geral para o mundo das finanças, não vai tornar mais fácil a gestão do orçamento familiar para a maior parte das famílias portuguesas. Basicamente, para créditos à habitação contratados a partir de 1 de abril de 2022, pode esperar uma prestação mais elevada.
Assim, fica cada vez mais necessário fazer bem as contas à sua taxa de esforço ao recorrer a este crédito. Não queira dar “um passo maior que a perna".
Analise bem a sua situação porque se levar ao esforço máximo o seu empréstimo, corre o risco de entrar em incumprimento caso haja uma subida da euribor, por exemplo. Isso seria muito negativo na sua qualidade de vida.
É cada vez mais importante estarmos informados e termos alguma “consciência financeira” para não deitar tudo a perder por querer ir demasiado longe nos nossos planos, indo além dos recursos que realmente temos. A gestão do orçamento familiar é algo cada vez mais complexo e sensível.
Se procura comprar casa e se sente desprovido de informação para se sentir seguro de cada passo, o seu mediador imobiliário pode ajudar.
Peça ajuda e informe-se para tomar decisões conscientes e razoáveis.
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"Para salvar o crédito é preciso ocultar a perda"- Jean de La Fontaine - Poeta
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