Vem viver em Portugal? Descubra o que precisa de saber

Portugal tem-se assumido nos últimos anos como um destino turístico de excelência, devido a uma combinação de fatores: a localização geográfica privilegiada, um clima temperado e uma qualidade de vida socioeconómica acima da média.

Tudo isso resultou num aumento das taxas de turistas e visitantes pontuais, mas também num aumento de nómadas digitais, reformados e outros visitantes que não se deslocam ao país necessariamente para visitar, mas também o escolhem para viver.

Uma das provas dessa mais-valia de Portugal verificou-se durante a recente emergência higiénico-sanitária. Com a pandemia do novo coronavírus a obrigar milhares de pessoas ao recolhimento domiciliário e a levar à estagnação do turismo, foram muitos os estrangeiros que escolheram o território nacional para se fixarem, combinando condições de vida a condições de trabalho únicas e ímpares.

Se, por um lado, sabemos como é o clima em Portugal, por outro é difícil avaliar a qualidade de vida do país. Se está a pensar mudar-se para cá, então essa é uma questão pertinente que certamente se coloca. No entanto, tudo se torna mais fácil conferindo os dados oficiais da Eurostat, que analisa diferentes critérios para avaliar o nível de qualidade de vida nos diferentes países membros da União Europeia.

Então o que nos diz os mais recentes dados oficiais da Eurostat acerca da qualidade de vida em Portugal?

Continue a ler para ficar a par da qualidade de vida em Portugal.

O que é preciso para viver em Portugal?

Viver em Portugal como estrangeiro requer uma série de passos e requisitos legais. As regras podem variar dependendo da nacionalidade, do motivo da estadia e do tipo de visto que pretende obter.

Abaixo estão os principais aspetos a considerar:

• Visto de Residência: Se não é cidadão de um país da União Europeia (UE) ou do Espaço Econômico Europeu (EEE), geralmente precisará de um visto de residência para viver em Portugal. Os tipos de visto disponíveis incluem visto de trabalho, visto de estudante, visto de empreendedor, entre outros. É importante verificar qual é o mais adequado para o seu caso.


• Autorização de Residência: Após chegar a Portugal com um visto de residência, deve solicitar uma autorização de residência temporária ou permanente, dependendo do tipo de visto que possui e da duração da estadia. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é a entidade responsável por processar estas autorizações.


• Requisitos Financeiros: Deve demonstrar meios financeiros suficientes para sustentar-se em Portugal. Os valores exatos podem variar, mas geralmente são avaliados com base no salário mínimo em Portugal ou em outros critérios específicos do visto.


• Seguro de Saúde: É importante ter um seguro de saúde válido em Portugal, seja através de um sistema de saúde privado ou público. Os cidadãos da UE/EEE podem ter acesso ao sistema de saúde público português através do Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD).


• Alojamento: Irá precisar de encontrar um lugar para morar em Portugal. Pode arrendar um apartamento, ou comprar uma casa, dependendo do motivo de estadia.


• Documentação: Certifique-se de que os documentos estejam em ordem, como passaporte, vistos, autorizações de residência, certificados de nascimento, entre outros.


• Aprender a Língua: Embora não seja estritamente necessário, aprender a língua portuguesa pode facilitar significativamente a integração e comunicação no país.


• Educação (se aplicável): Se tem filhos em idade escolar, precisará garantir que eles tenham acesso à educação adequada.

Lembre-se de que as leis e regulamentos podem mudar ao longo do tempo, por isso é importante verificar com as autoridades competentes e consulados portugueses as informações mais atualizadas sobre os requisitos para viver em Portugal.

Também é aconselhável consultar um advogado de imigração ou um especialista em vistos para obter orientação específica com base na sua situação pessoal.

Qual o impacto da habitação na qualidade de vida?

São vários os fatores que a Eurostat analisa para avaliar a qualidade de vida dos diferentes estados-membro da União Europeia, mas nenhum será tão importante quanto a habitação. Afinal de contas, a forma como vivemos e onde vivemos impacta decisivamente a nossa qualidade de vida, a qualidade de como trabalhamos e até a nossa saúde física e mental.

É certo que o direito à habitação está consagrado nos direitos do Homem, mas nem sempre a prática corresponde à teoria. Arranjar casa em Portugal pode ser complicado, especialmente nos grandes centros urbanos, que disponibilizam das rendas mais elevadas de toda a União Europeia em proporção com o custo de vida local. No entanto, Portugal vive uma crise oferta imobiliária. É certo que as rendas elevadas levam a que muitas pessoas procurem casas para dividir, mas no geral a habitação em Portugal é de elevada qualidade, tanto a nível térmico, quanto acústico e material.

Para quem está a pensar vir viver para Portugal, procurar casa para comprar nos arredores dos grandes centros urbanos pode ser uma opção para economizar dinheiro. Porém, o mercado de arrendamento, especialmente o temporário e turístico, nunca esteve tão ativo e estimulante, com uma oferta vasta e bastante eclética.

Existem ainda ofertas mais originais, como o alojamento local, por exemplo.

Qual o nível económico dos portugueses?

E como vão as finanças dos Portugueses? É certo que a saúde, a educação e o meio ambiente são pilares fundamentais para uma vida feliz, mas nada disso será possível sem saúde financeira. E isso só é conseguido com qualidade de vida e capacidade financeira das famílias.

É certo que, neste ponto, Portugal não consegue rivalizar com os seus vizinhos nórdicos, como a Dinamarca, a Finlândia e a Suécia, mas o país situa-se confortavelmente numa posição a meio da tabela. Nos dias de hoje, em plena era digital, a internet permite trabalhar à distância, fazendo com que muitos nómadas digitais procurem outros fatores quando chega ao momento de escolher o seu local para assentar arraial.

O clima, temperado e moderado no inverno, é um ótimo atrativo, mas também a localização geográfica privilegiada. Especialmente a costa portuguesa, com as suas praias, é cada vez mais convidativa para quem vem de fora, procurando o conforto e a proximidade do mar.

Portugal pode não ser um país feliz no trabalho, mas é um país para se ser feliz enquanto se trabalha. É um país cada vez mais instruído, com taxas de educação superior cada vez mais elevadas, o que se reflete num bom sistema nacional de saúde, numa boa resposta ambiental e, claro, em bons serviços e num forte sector terciário.

Além disso, existe confiança no sistema legal e nas instituições do Estado, sendo igualmente um ótimo país em termos de segurança, ideal para quem quer construir família. Assim, Portugal é, de acordo com a Eurostat, um dos países da União Europeia com as mais felizes relações pessoais.

Resumindo, não é de admirar, o que há para não estar feliz num país assim?

Venha descobrir também e se está a pensar mudar-se para Portugal, são mais as razões para o fazer do que o contrário.