Se quer saber de antemão se a sua taxa de esforço vai ser ou não um problema quando pedir crédito ao banco, este artigo é para si.
Taxa de esforço – esta expressão é, garantidamente, conhecida de todos os que já solicitaram um crédito habitação.
Na verdade, a taxa de esforço é, nada mais, nada menos, que um indicador que mostra a percentagem do rendimento total do agregado familiar que é utilizada para pagamento de todos os créditos contraídos.
Para simplificar, é um cálculo que mostra que rendimentos restam a uma família para as despesas diárias, após pagamento de todas as prestações mensais de créditos.
Limites da taxa de esforço na aprovação de crédito
Determina-se que a taxa de esforço não deve ultrapassar os 33%, ou um terço do rendimento total do agregado familiar para se ter uma margem de segurança que permita assegurar despesas de alimentação, deslocações, educação e lazer da família.
Algumas instituições financeiras possuem mesmo um limite máximo de 40% na taxa de esforço de quem lhes solicita crédito.
É verdade que pode não ser muito agradável ter uma resposta negativa a um pedido de financiamento por conta de a taxa de esforço servir de condicionante, mas mais do que uma medida restritiva, as orientações de limite de taxa de esforço servem para prevenir situações de incumprimento e sobre-endividamento, caso surjam imprevistos.
Afinal, ninguém está livre de vir a lidar com uma situação de desemprego ou doença prolongada.
Documentos solicitados para cálculo da taxa de esforço
Assim, quando solicitar um crédito a uma instituição financeira, pode contar que lhe vão ser pedidos elementos como o comprovativo de IRS e recibos de vencimento.
"Mas, para saber de antemão a sua taxa de esforço, pode começar a fazer algumas contas ainda antes de entrar com um pedido de pré-aprovação de crédito."
Então, como pode saber antecipadamente a sua taxa de esforço?
Como calcular a taxa de esforço
A parte animadora é que não é assim muito difícil de calcular. Existem alguns fatores a ter em conta, mas vamos esclarecer todos os pontos.
Logo de início, convém saber que despesas mensais com luz, água, gás e telecomunicações não fazem parte dos cálculos da taxa de esforço.
Já os cartões de crédito, crédito automóvel e crédito pessoal devem ser contabilizados no cálculo da taxa de esforço, bem como uma casa que seja arrendada.
Quer isto dizer que, caso não tenha nenhum crédito habitação previamente contratado, mas esteja a pagar uma casa arrendada, o valor da prestação mensal que paga tem que constar como despesa com encargos financeiros.
Isto porque, no fundo, é efetivamente um compromisso que terá que cumprir mensalmente.
Para calcular a taxa de esforço, pode usar a seguinte fórmula:
Taxa de Esforço = (Encargos Financeiros/Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100
Rendimento do agregado familiar e encargos financeiros – o que deve contabilizar
Deve ter em conta que, no que diz respeito aos rendimentos mensais do agregado familiar, deve contabilizar o seguinte:
- - Pensões, caso se trate de um pensionista
- - Rendimentos provenientes de rendas, no caso dos proprietários de imóveis que se encontrem arrendados
- - Outros rendimentos mensais fixos desde que se encontrem declarados no IRS
Já no cálculo dos encargos financeiros poderá contabilizar os seguintes elementos:
- - Valor de prestações de crédito habitação
- - Valor de prestações de crédito automóvel
- - Valor de prestações de crédito pessoal
- - Valor de prestações de cartões de crédito
- - Valores mensais fixos associados a outras linhas de crédito, por exemplo, cartões de fidelização de lojas
"Bem pago está quem por satisfeito se dá"- William Shakespeare - Escritor
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