Com a recente situação de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o mercado imobiliário está a ser afetado, como qualquer outro setor na Europa.
Saiba o que isso pode significar para Portugal.
Na sequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o investimento estrangeiro nos países de leste tem vindo a sofrer alguma paragem.
Segundo um estudo da consultora espanhola Auxadi, intitulado “El futuro del sector del real estate en España” (em português, “O futuro do setor imobiliário em Espanha”), os fundos imobiliários estão a desviar o interesse em operações na Europa de Leste.
Por sua vez, este interesse está a ser direcionado para países que poderão, a curto prazo, beneficiar da paragem do investimento em países de Leste. Espanha, Portugal, França e a região da América Latina, poderão estar agora na mira dos investidores estrangeiros.
Víctor Salamanca, CEO da Auxadi, adianta que, apesar de ser ainda muito cedo para tirar conclusões, -
“Muitas das operações que estavam em andamento nas zonas mais próximas do conflito, como Polónia, Hungria, Eslováquia ou República Checa, estão paralisadas."
Este fator, junto com o grande volume de liquidez que existe no mercado, faz com que os fundos continuem a necessitar de investir.
Dessa forma, é expectável que os fluxos de investimento se direcionem agora a países menos expostos a possíveis consequências dos conflitos, como é o caso dos países já mencionados.
Do mesmo estudo da Auxadi, conclui-se que a Europa é, a médio prazo, o destino favorito dos investidores de fundos imobiliários, com 82% dos gestores a considerar provável ou muito provável investir nesse destino dentro de cinco anos.
Perspetivas de recuperação – quando e em que segmentos?
Os gestores consultados pela Auxadi, na sua maioria (78%), acreditam que o mercado imobiliário europeu irá recuperar nos próximos anos.
Destes 78%, 32% esperam que a recuperação se dê já este ano (2022), ao passo que 46% sugere 2023 como o ano da recuperação.
O segmento de logística e industrial é apontado como sendo o que mais rapidamente verá sinais de recuperação, sendo depois seguido a curto prazo pelo retalho e pelo segmento hoteleiro.
Com uma expetativa de recuperação ligeiramente mais lenta está o segmento residencial e, por último, os centros comerciais.
A importância da sustentabilidade na recuperação do mercado imobiliário
De especial preocupação é a questão da sustentabilidade e dos critérios ESG (Environmental Social and Governance).
A maioria, (72%), dos gestores que participou no estudo da Auxadi, prevê um aumento significativo da procura por ativos que integrem e respeitem os critérios relacionados com a questão da sustentabilidade.
"Às vezes os problemas são sinais de que chegou a hora de o guerreiro iniciar uma nova batalha. - Roberto Shinyashiki - Empresário
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