O conceito de sustentabilidade tem um peso cada vez maior no mundo dos negócios.
Tanto a nível político como económico, os requisitos exigidos alteram-se duma forma dinâmica e complexa, sendo influenciados por fatores tais como maior regulamentação, mudança de valores e concorrência.
“O setor imobiliário, tal como os restantes, precisa reformular as suas aptidões no desenvolvimento e gestão de imóveis com base naquela que é a inegável tendência de futuro: o investimento sustentável."
Acordo Verde Europeu
Em 2021, entrou em vigor a obrigação de divulgação da EU e do Regulamento de Taxonomia da EU, no âmbito do “Acordo Verde Europeu”.
Isso faz com que, cada vez mais, a União Europeia exija que a sustentabilidade seja visível.
Essas medidas visam permitir que os riscos sejam avaliados com a devida antecedência de forma a não comprometer o objetivo de alcançar as metas climáticas dentro do prazo proposto.
Entre outras medidas, o cumprimento das diretivas de governação ambiental e social (ESG), permite aos investidores tomarem conhecimento do grau de sustentabilidade que o desempenho de uma empresa atinge.
Com base nessa informação, poderão então tomar decisões de investimento ponderadas no que toca a títulos negociáveis e ações, investimentos ou fundos imobiliários.
No que diz respeito aos processos de compra e venda de imóveis, a preocupação de fazer investimentos sustentáveis tem um papel de destaque.
Antes duma compra, há necessidade de avaliar o imóvel, efetuando a devida diligência, do ponto de vista da sustentabilidade.
Para que tal seja possível, os investidores precisam recorrer a dados informativos sobre a pegada ecológica do imóvel que tornam a sustentabilidade “quantificável”.
Digitalização nos processos de compra e venda de imóveis
Quando se inicia um processo de compra e venda de imóveis, parte-se do princípio que todos os registos e documentação de interesse devem ser reunidos atempadamente.
Claro que se toda a informação estivesse reunida num só lugar, esse processo fluiria de forma fácil e rápida, no entanto, isso não acontece.
As várias informações necessárias estão reunidas em diferentes sítios, os chamados silos de dados e o acesso a essas informações é restrito a alguns utilizadores.
Com esse fator em mente, a criação de salas de dados virtuais permite “driblar” essa situação de forma segura e prática.
Nessas salas, todos os dados imprescindíveis são colocados à disposição numa única plataforma, com recurso à mais moderna tecnologia, como é o caso da inteligência artificial.
Num único lugar, carteiras imobiliárias completas podem ser geridas e comercializadas digitalmente em qualquer altura e para utilizadores que estejam em qualquer lugar, dando-lhes o acesso a toda a informação necessária para avaliar se determinado imóvel está de acordo com a ESG.
Além disso, esta solução não recorre a suportes de papel, o que a torna não só eficiente, mas também extremamente sustentável.
Dados de um inquérito de 2021 mostram que 70% dos inquiridos reconhece um benefício significativo na melhoria do controlo dos dados e uma maior eficiência devido ao recurso a estas salas de dados virtuais.
Os processos empresariais tornam-se, então, mais rápidos e eficientes com o uso da digitalização de documentos.
Além disso, a digitalização de documentos promove maior sustentabilidade na gestão de ativos.
Digitalização e sustentabilidade – tendências de futuro no setor imobiliário
Para que a ESG e todos os requisitos de divulgação e relatórios resultantes possam ser fiáveis, é necessário que a estrutura de dados esteja devidamente conservada.
Isso implica a recolha, o tratamento e o armazenamento de informação em bases de dados dinâmicas, ou seja, constantemente em atualização.
Só assim os utilizadores podem obter total transparência nos documentos que consultam e agir de acordo com a informação obtida.
Num mundo altamente tecnológico, mas ao mesmo tempo com o assunto da sustentabilidade bem presente, qualquer empresa que queira ter sucesso no mercado precisa seguir toda a tendência de transformação digital.
O setor imobiliário não é exceção e reconhece-se que a digitalização ainda é uma tarefa em curso, em parte por nem todos estarem devidamente familiarizados com os recursos tecnológicos disponíveis.
Ainda assim as expectativas são favoráveis, já que a maioria dos especialistas em imobiliário está a antecipar um aumento do investimento em novas tecnologias já nos próximos dois anos.
Sem sombra de dúvida, a digitalização é a tendência a tornar-se marcante a nível de gestão empresarial para o futuro.
"As empresas que costumavam usar os mídia para entregar informações, agora são elas próprias que entregam informações"- Andrew Nachison - Jornalista
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