O investimento no mercado imobiliário através dos vistos Gold voltou a descer, avançou o Dinheiro Vivo.
Nos primeiros 11 meses de 2021, foram atribuídas 686 autorizações de residência através da aquisição de imóveis, o que gerou um volume de transações por volta dos 373,7 milhões de euros.
“Estes dados equivalem a uma quebra de 33% em valor e a menos 361 autorizações em relação a 2020. À soma total, falta ainda adicionar o mês de dezembro, mês com grande potencial no negócio da compra de casas."
No dia 1 de janeiro, entraram em vigor alterações relativas aos vistos Gold, que, segundo afirmam operadores do mercado, podem diminuir a atratividade destes.
Ainda assim, e apesar da diminuição registada neste tipo de investimento, o mercado imobiliário de luxo continua forte, devido em grande parte à contribuição dos portugueses, como podemos ver nas retrospectivas de algumas imobiliárias do setor:
A Sotheby’s Portugal aponta para um crescimento de 50% no valor da faturação face a 2020 e de 35 a 40% quando comparado com 2019. Este crescimento é causado essencialmente por negócios fechados com portugueses.
Em 2021, 60% das vendas da Sotheby’s foram protagonizadas por portugueses, sendo que antes da pandemia o volume de transações se dividia, de forma igual, entre portugueses e estrangeiros.
“Uma das causas foi a aquisição de segunda habitação. "O confinamento foi um acelerador de decisões", afirma Miguel Poisson;"
A Porta da Frente Christie’s, cujo negócio se concentra principalmente na venda de casas a estrangeiros (60% das transações), também registou um crescimento na procura nacional.
Apesar de o ano ter começado com um descida na procura, devido às restrições da pandemia, esse decréscimo foi "compensado com um crescimento muito significativo" do mercado nacional, adianta;
A Engel & Völkers Portugal também teve um bom ano. A rede "teve, em 2021, o melhor ano de sempre, com 160 milhões de euros de faturação", tendo comercializado mais de 350 habitações, aponta Margarita Oltra, regional manager da imobiliária;
Ricardo Costa, CEO da Luximo’s Christie’s, realça que a pandemia trouxe oportunidades. Segundo ele, -
“as famílias perceberam que se tivessem uma casa com mais espaço e jardim durante o período de confinamento, a reclusão teria sido mais agradável, o que ajudou os negócios"
A agência conseguiu fechar o exercício de 2020 com um crescimento de 10% e este ano já superou esse aumento.
No entanto, apesar do aumento de transações nacionais e das restrições impostas pela pandemia, os estrangeiros não se esqueceram de Portugal.
Segundo a imobiliária Porta da Frente, "os fundamentos do mercado imobiliário continuam válidos e inalterados, Portugal continua a ser uma das melhores opções para viver e investir, com uma qualidade de vida única no mundo e um índice de segurança que o posiciona como o quarto país mais pacífico do globo".
Margarita Oltra também se encontra positiva em relação ao potencial do país, acreditando que Portugal -
“vai continuar a ser um destino privilegiado nos próximos anos em termos de investimento estrangeiro". Segundo ela, "há um grande potencial, ainda por explorar, nas zonas mais rurais do país"
"Invista energia no seu emprego hoje e poderá investir dinheiro no seu negócio amanhã" - Fabio Centeno - Empresário
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